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Dólar sobe pelo 10º dia e alcança maior sequência de altas desde 1999

Nesse breve rali, a divisa já acumula apreciação de 8,50%.

Fonte: InfoMoneyTags: dolar

O dólar comercial alcançou sua 10ª alta consecutiva nessa quarta-feira (14), fechando a R$ 1,723 na venda, seu maior patamar desde 29 de novembro de 2010, quando fechou a R$ 1,724. A alta de 0,63% garantiu à moeda sua maior sequência de altas desde janeiro de 1999, quando foram registradas 11 altas seguidas. Nesse breve rali, a divisa já acumula apreciação de 8,50%.

A forte sequência de altas contribuiu para que o BancoCentral deixasse de realizar leilões de compra de dólares no mercado cambial à vista pela primeira vez desde 21 de fevereiro deste ano. Contudo, a autoridade monetária disse ter adquirido, entre os dias 5 e 9 de setembro, US$ 141 milhões por meio dessas operações.

A autoridade também divulgou o fluxo cambial brasileiro, que mostrou um saldo positivo de US$ 8,12 bilhões na segunda semana de setembro.

Crise europeia
A Europa esteve em evidência na sessão, produzindo referências mistas. A agência de classificação de riscoMoody's rebaixou o rating da dívida de longo prazo de dois dos maiores bancos da França, o Société Générale e o Credit Agricole. Além disso, a Fitch cortou a nota de cinco dos dez estados cobertos na Espanha.

Por outro lado, a Comissão Europeia aprovou nesta quarta-feira duas propostas de melhoria das condições de empréstimos a Portugal e Irlanda, sugerindo que esses países arquem com taxas de juros mais baixas e tenham prazo para pagamento prolongado. A instituição também anunciou que irá apresentar, nas próximas semanas propostas para a introdução dos eurobônus - títulos conjuntos de países da Zona do Euro

A notícia de que a Grécia reassumiu seus compromissos em cumprir medidas de austeridade também foi bem avaliada, levando os principais líderes da Zona do Euro, Nicolas Sarkozy e Angela Merkel, respectivamente presidente da França e chanceler da Alemanha, a apoiarem, publicamente, a permanência do país na união monetária.

Agenda norte-americana
Nos Estados Unidos, os investidores acompanharam a divulgação do Retail Sales, relatório que mede as vendas totais do mercado varejista desconsiderando o setor de serviços, que ficou estável durante o mês de agosto. Já o Retail Sales (ex-auto), que desconsidera a venda de automóveis, subiu 0,1% e veio pior do que a projeção de 0,3% de analistas.

Ainda por lá, o Departamento de Trabalho reportou o PPI (Producer Price Index), índice de preços no atacado, que manteve-se em linha com o esperado durante o mês de agosto. Por sua vez, o Core PPI, que é calculado sem os preços de alimentação, reportou alta de 0,1% frente aos 0,2% estimados.

Dólar comercial, Ptax e futuro
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7220 na compra e R$ 1,7230 na venda, alta de 0,63% em relação ao fechamento anterior. Com esta alta, o dólar acumula valorização de 8,16% em setembro, frente à alta de 2,64% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 3,41%.

Por sua vez, o dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&F Bovespa, fechou cotado a R$ 1,7288 na venda, alta de 0,94% na sessão.

Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em outubro segue o dia cotado a R$ 1,731, alta de 0,52% em relação ao fechamento de R$ 1,722 da última terça-feira. O contrato com vencimento em novembro, por sua vez, opera em alta de 0,64%, atingindo R$ 1,741 frente à R$ 1,730 do fechamento de ontem.

O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,7180000.

FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 2,99 para novembro de 2011, 0,04 ponto percentual acima em relação ao que foi registrado na sessão anterior.